domingo

PIQUENIQUE DE GALOCHAS

3 comentários:

  1. Bom dia.
    Eu sou Karin Salomão e trabalho no site da ECA.
    Fazemos notícias para o site e para um boletim, enviado semanalmente para alunos da ECA.
    Eu gostaria de divulgar essa peça de teatro no site e no boletim.
    Por isso, queria algumas informações a mais.
    Vocês poderiam enviar um contato, telefone ou e-mail, de alguém com quem eu possa falar, para o e-mail karinhasalomao@gmail.com?

    Muito obrigada.
    Aguardo a resposta.

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  2. Vim fazer uma crítica negativa, por isso prefiro escrever anonimamente.

    Vou começar pelo mel... Gostei das cenas mais "diferentes" (da escada, do carro), gostei da impressão de perspectiva quando a gente andava no corredor e as putas dançavam nos postes. A cena que mais gostei foi na casa da família da rouxinol, onde os personagens eram instigantes. Nesta hora eu achei que veria pela frente uma história muito interessante...

    Mas não foi assim. Para mim, a história de Roberto Zuco não disse nada. A peça foi uma sucessão de imagens em que tanto fazia o destino dos personagens, pois eu não tinha noção do que seria o sucesso ou o fracasso para eles.

    Por exemplo, Zuco matou a mãe para pegar uma farda, depois cadê essa farda? Matou o inspetor de polícia para pegar o revolver, mas quem era esse inspetor? Na cena do assalto ao porsche(mercedes), Zuco parece passivo aos acontecimentos.

    Certas cenas para mim foram demoradas e não acrescentaram para a narrativa.

    E as putas, ao invés de trabalharem duro, parecia que estavam se divertindo num piquenique, às vezes. Acho que elas poderiam ser mais putas, assim como o assassino deveria ter mais sangue de assassino.

    Fora isso, achei ótima a qualidade técnica da direção, cenografia, atuações... Mas a impressão geral é que faltou criar situações mais contundentes, mais coesas entre si, que acrescentem mais para a totalidade. Parecia que acontecerem algumas cenas para preencher o longo tempo. Por sua vez, pareceu que o tempo foi longo para cumprir a proposta de aproveitar ao máximo o espaço. Acho que precisava criar mais para cumprir esta meta. O resultado, para mim, foi uma história policial com muito pouco suspense.

    Espero que esta crítica possa ser útil, ou pelo menos que não provoque a discórdia. Coletivo de galochas: desejo boa sorte e sucesso!!!

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  3. Anônimo,

    Muitíssimo obrigado pela sua colaboração! Como a gente diz no final esse espaço é mesmo para se elogiar E criticar, então não se sinta mal por escrever sobre o que vc não curtiu! É justamente esse tipo de comentário q nos causa as melhores discussões!

    A impressão que tenho é que vc se incomoda um pouco com a trama em si, o enredo, a fábula. A personagens são ocas, vazias. Isso vem da própria dramaturgia (pra quem não conheçe, o texto se chama Roberto Zucco, de Bernard-Marie Koltez). Koltez coloca em xeque o esvaziamento das relações humanas explicitando-as em cena.Também sempre foi uma opção do Coletivo tentar tirar da peça qualquer tipo de moralidade. É justamente isso que queremos fazer: na frase "matar é errado", trocar o ponto final por uma interrogação.
    Q isso não sirva de justificativa, mas sim como um começo de conversa, para que vc entenda um pouquinho de onde vêm nossas opções!
    E, novamente, MUITO OBRIGADO pelo texto! Aposto que ele vai causar amanhã no ensaio! Hehehe!!!

    Abraços!

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